terça-feira, 23 de novembro de 2010

Estou inquieta.
Mas não mexo, fico imóvel, parada.
Quero falar, não falo.
Esbravejar, gritar, falar, falar, falar discompasadamente, até ficar rouca.
Silêncio
Apenas silêncio, ouço os carros na rua, o ranger da porta, o barulho do teclado, minha mente não para de pensar, pensa, pensa e nada.
Chove, cinza, uma fresta na janela, uma árvore, sozinha, eu enfrentado o pior castigo a convivência com a minha inquietação. Um livro ao meu lado, terminei-o hoje de manhã.
Sinto um buraco no estômago, um vazio.
Algo me paralisa aos poucos, vejo o telefone, não ligo, não posso.
Ouço, ouço tudo, menos tua voz tranqüila, agora não deixam.
Tudo bem, respiro fundo, talvez se não pensar em nada não sentirei nada, vamos tentar...
não funciona, não desligo.
Me faço forte, me vejo vitima, não, não sou vitima, mas as vezes sou fraca, posso ser fraca?!
O que fazer? O que fazer? Silêncio
Uma cor? Branco, branca, ausência pela Física.

Ânimo: cinza

Um comentário:

  1. Dahora muié, lembra deu?
    Das aulas de vídeo no Arrastão?
    Espero que estejas bem para além das poesias, que por sua vez estão bem saudáveis...

    bjos

    Daniel

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